domingo, abril 24, 2011

D IV

É quase inevitável sentir emoções,
É quase ridiculo delas suspirar...
Porém, as quase nada sensações,
São o que realmente me faz respirar.

Não sei se sou eu que as sensações capto,
Não sei se são elas que me captam a mim.
Sei que não aguento nem fico apto,
De aguentar algo tão forte assim...

E muito simples é a dimensão da sensação,
Tão simples que nem dimensão tem.
É como saber que temos um coração,
E que de lá todo o sangue bombeado vem.

E a vida cá continua por maratona fora,
Sem lá saber eu o dia do seu desfecho.
Á que aproveitar o sabor da amora,
Á que no coração fechar o fecho.

terça-feira, fevereiro 22, 2011

D III

Não posso dizer que me sinta vazio,
Não posso dizer que seja infeliz.
Porém, sempre que penso nisto azio!
Fico sem quadro para tanto giz...

Caio em mim mesmo e penso que falta o papel...
O papel que na verdade não falta, mas que eu desejo!
E quero-o muito, porque a vida pode ser mais que mel!
Pode ser muito mais que aquilo que por aí vejo.

Só queria assinar uma garantia para nós.
E sinto-a tão, mas tão perto, quando na verdade...
Quando na verdade nem está, como dizeis vós.
Admito, é me muito dificil ficar pela realidade...

Á noite, penso estar a ser materialista,
Penso também que estou a ser ingrato...
Mas não. Só quero é melhorar esta vista!
Porém, caso não consiga, aos mesmos estou grato.