domingo, novembro 22, 2009

que sorte ?

Haja boa sorte por amar,
Haja má, por amado não ser.
Não tens ninguém por chamar,
Mas sabes quem gostarias de ter.

Podes-te considerar um sortudo
Ou até mesmo um coitado azarado.
O amor é o teu mais bem que tudo,
Ou então, ouro que te passa ao lado.

Amigo não baixes os braços,
Não pares um segundo de sentir.
Dia para dia se constroiem laços,
Por isso não terás que mentir.

Ela despertou-te emoção,
Surgiu uma doença saudável.
O amor é mais que uma sensação,
É mais que um estado agradável.

Puzzle que tanta peça montas,
Almofada que tanto nos acochega...
Porque será que afinal de contas,
Amar simplesmente nao chega ?

sábado, novembro 21, 2009

andorinhas.

Três andorinhas me aparecem à frente,
Uma fêmea, duas masculinas.
Aparenta-se um triângulo diferente,
Diferente e com desconhecidas sinas.

A fêmea é bela que nem uma princesa,
Bela, mas com soberba simplicidade.
A sua beleza é tamanhamente coesa,
Que nem parece viver da realidade.

Os dois machos são uns coitados,
Uns coitados mas grandes amigos.
Estão ambos por ela apaixonados,
Mas prometeram jamais ser inimigos.

É uma fábula recheada de amor,
Com um final feliz e outro triste.
Um conseguirá sair vencedor,
O outro morrerá num despiste.

Um dos machos ja teve grande sorte,
Já teve a andorinha como sua namorada.
Porém deu a relação como terminada,
E agora parece não se sentir forte.

Teve pão e vinho de mão beijada,
Saiu-lhe mais que ouro, mais que vida.
Fora uma oportunidade por si desperdiçada,
Fora ele próprio que escolhera essa saída.

O seu amigo sente uma grande tristeza,
Sente pena e desgosto por esta situação.
Ele poderia lutar para suspirar grandeza,
Mas não o faz, por ser amigo do coração.

Ele decidiu afastar-se por tempo indefinido,
Decidiu tentar viver sem pensar na andorinha.
Mas o coitado anda exageradamente tremido,
Que já nem para a sua própria felicidade caminha.

Prefiro não continuar esta história,
Preferia nem sequer a ter postado.
Tenha pena por só um alcançar glória,
A glória de ser por uma princesa amado.





quinta-feira, novembro 19, 2009

rp ;

Não é necessário inspiração,
Para sobre ti começar a escrever.
És mais que amiga do coração,
És a irmã que nunca consegui ter.

Os teus gestos movem montanhas
Mais altas que a própria altura.
Jamais terás veneno de aranha,
E caso tenhas, morrerei pela cura.

Tão simples como inteligente,
Tão bonita como uma modesta rosa.
O teu coração belo raramente mente,
E quando mente, é de forma carinhosa.

Palavras não chegam para dizer obrigado,
Nem tão pouco chegam para te descrever.
És a irmã do meu coração sufocado,
És a pessoa por quem não custa escrever.

Espero que de mim nunca te esqueças,
Espero continuar com a honra de ser teu amigo.
Desespero em pensar no dia que desapareças,
Que desapareças e não me leves contigo.

O texto acena-te um adeus Raquel,
Diz que a voz está a ficar sem idade.
As palavras acabaram com o papel,
Mas tu e eu, será eterna amizade.


batalhas, sem poderes.

Hoje o amar ainda é sentido,
Penso que amanhã tambem.
O pobre coitado não será recolhido,
Não provará, o sabor do bem.

Afinal, de que vale amar,
Se amado não sou?
Ja tentei reclamar,
Mas o vento, tudo levou.

De que vale entrar numa batalha,
Se a guerra, pouco, ou nada muda ?
São estas enjoadas atitudes ao calha,
Que nos desesperam em Lhe pedir ajuda.

Queria vencer a batalha em que entrei,
Queria que concretizar o meu desejo.
Tanta coisa e nada de nada levarei.
Tive azar, não cheguei ao beijo.

Esquecer a batalha é complicado,
Quando ficam pontos por explicar.
Perder a batalha não é ser derrotado,
É simplesmente parar de suplicar.

Seguir em frente é desistir da guerra,
É desistir do teus desejos, dos teus quereres.
Fui bom guerreiro, lutei em boa terra,
Mas a esperança foi-se, e lá se foram os poderes.


quarta-feira, novembro 18, 2009

amizade ?

Quem me define sou eu,
Com influências bastante relativas.
Uma das influências é ser amigo teu,
Amigo deles, amigo de atitudes emotivas.

Mas afinal, de que servirá a amizade,
Se a palavra amigo varia entre as pessoas ?
O amigo acompanha-te na realidade,
É o docinho bom, das tuas azedas meloas.

Talvez não tenhamos a mesma definição,
Talvez verdadeiros amigos não somos.
O Passado serve de chave de ignição,
Para lembrar o que realmente fomos.

Alguns de vós me magoaram,
Alguns me causaram desgosto.
A amizade não a mataram,
Mas será que nascera o oposto ?

Talvez seja mais uma parvoice,
Mais uma daquelas vossas atitudes.
Ou serão antes estas frases idiotices...
Idiotices que jamais farão com que mudes.

Prefiro esquecer o que fizeram,
Esquecer o que pensais não ter feito.
Para mim, voltareis a ser o que eram,
O que foram e não me tornou perfeito.



balança da incógnita.

Na mão tenho dois pratos,
Um muito bom outro horrivel.
Sobre eles passeiam ratos,
Ratos que pesam para o lado temivel.

O meu sentimento é tão forte,
Que julguei que seria uma vantagem na balança.
Porém, está me a faltar a chamada sorte,
Já que quando olho, perco esperança.

Afirmo que o prato mau tem vantagem,
Afirmo que o prato que mais me agrada está a perder.
Será que devo pedir que me façam uma lavagem,
Para este sentimento se fazer esquecer ?

Eu queria que a balança me ajudasse,
Eu queria dar parceira ao meu coração.
Creio que morreria se este sentimento arrancasse,
Por isso, só peço uma oportunidade,
Uma forma de mostrar a minha devoção,
Por ti e pela tua amabilidade.

domingo, novembro 15, 2009

objecções.

As palavras tornaram-se fingidas,
Já não são tão sentidas ou tocantes.
Transformaram-se em silabas feridas,
Por sentimentos deveras alarmantes.

São barreiras que não as deixam falar,
São obstáculos que não as atenuam.
As palavras a falar continuam,
Embora o coração se tenha feito calar.

É na escrita que se nota o fingimento,
É nela que se suscitam objecções.
O sujeito poético deve sentir lamento
Por nao poder exprimir as suas emoções.

É uma nova fase na tua vida,
É um novo ramo que te cresceu.
O destino tem a tua história lida,
Foi só um sentimento que faleceu.

sexta-feira, novembro 13, 2009

muito mais que um som, muito mais que uma melodia.

Música és a nossa almofada,
És a nossa eterna guloseima.
A tua simplicidade é amada,
E nosso Eu sempre te anseia.

És mais que uma melodia,
És muito mais que um som.
Sem ti a nossa vida colidia
Com algo que nem a sonhar é bom.

As tuas primeiras notas começam a voar
E o nosso Eu logo alegria culmina.
Esse ritmo quando começa a soar,
É mais forte que a estrela que nos ilumina.

Todos nós temos que te agradecer,
Todos nós nunca te iremos esquecer.
És o soro que acaba com o nosso tremer,
És mais cativante que o sol ao amanhacer.



quarta-feira, novembro 11, 2009

forte pelo amanha.

Ser mais forte que no passado,
É muito mais que um objectivo.
É algo que não te pode passar ao lado,
Para angústia não ser o teu adjectivo.

Pensar é para doentes do olhar,
É para sofredores da realidade.
Sentir é para crentes em molhar
Água com chuva para torcer felicidade.

Não resistas á dor de pensar,
Não queiras só a loucura do sentir.
Amanhã poderás já nem cá estar,
Para ao espelho te poderes ver a sorrir.

Recorda o passado mas sorri no presente.
O futuro um dia deixará de existir,
E só aí ficarás bastante saliente,
De que a fraqueza nao te deveria ter feito sentir.